terça-feira, março 01, 2011

Baforadas de PF


"Jornalismo hoje virou análise e pesquisa. Ninguém tem mais opinião sobre nada. Eu sou um dos últimos dinossauros que ainda emitem uma opinião." "Eu sou um médium, já me disseram várias vezes. Minha maneira de escrever ficção é mediúnica. Crio vidas e situações que não me passaram pela cabeça." (Entrevista a Wagner Carelli – FSP, 16/09/90). "Só os idiotas não se contradizem." (Respondendo a Caio Blinder, no Manhattan Connection). "Estou tecnicamente morto. Não tenho mais nada a ver com esse mundo." "Quero que você me responda uma pergunta que me aflige profundamente: quem é que você prefere, a Globeleza ou a Isadora Ribeiro?" "O Brasil só não é rico porque não quer. Temos de vencer uma certa infantilidade que há no nosso temperamento, uma confusão entre desejo e realidade. O Brasil tem o dever consigo próprio de eliminar as necessidades básicas do ser humano. Mas o Brasil não cumpre isso, os governos não cumprem isso, a nossa sociedade não cumpre isso." (Entrevista a Geneton Moraes Neto, publicada em O Globo, 09/02/1997). "Bebo para tornar as outras pessoas mais interessantes."  "Todo otimista é um mal-informado." "O Brasil é um asilo de lunáticos onde os pacientes assumiram o controle."  "Quando eu fumo maconha, fico com vontade de ouvir Wagner." "Tomei todas as drogas, nunca me viciei em nenhuma e todas me deram o maior barato. Nunca senti vontade de atrelar minha vida a uma substância, por falsa euforia." (Na Folha de S. Paulo, em 13/08/89). "É a maior cidade de Porto Rico" (Sobre Nova York). "Eu não sou um exilado. (...) Sou um expatriado. Vivo nos EUA porque nada tenho de melhor para fazer no Brasil. Se me oferecessem o governo brasileiro, poderes ilimitados, eu voltaria. No estrangeiro, apesar de escrever sobre temas, digamos, internacionais, nunca escrevi tanto sobre o Brasil, nunca pensei tanto no Brasil, nunca procurei tanto entender o Brasil. (...) Eu acho mais fácil entender o Brasil dos EUA do que no Brasil." (Trecho da entrevista publicada na edição 17 da Revista Status, extraída de Paulo Francis – uma coletânea de seus melhores textos já publicados, da Editora Três, em 1978). "A ignorância é a maior multinacional do mundo." "Esporte é uma das coisas mais chatas que o homem já inventou." "Gosto dos autores difíceis, das melhores roupas, dos melhores quadros e de que os maitres me reconheçam na porta dos restaurantes." "Acho que uma das maiores provas de resistência biológica do ser humano é que ele consiga sobreviver a esta montanha infinita de lixo que é a cultura pop." "Intelectual não vai à praia. Intelectual bebe." "O segredo-chave da minha personalidade é que eu sou uma pessoa de poucas raivas e rancores. Eu mais me divirto com a loucura humana do que me irrito, os inteligentes percebem." (FSP, 16/09/90)