sexta-feira, maio 27, 2011

XICO SÁ

O drama de Muller

Todo gasto com mulher é lucro para o espírito. Não tenha esse arrependimento com as fêmeas



AMIGO TORCEDOR, amigo secador, ao ler sobre o drama do ex-jogador Muller, não tem como não lembrar do "Quinto Beatle", como era chamado no Reino Unido o rebelde George Best (1946-2005). "Gastei com mulheres, com carros e etc. Gastei com vaidades pessoais", relatou o ex-boleiro de São Paulo e Palmeiras ao "Marca Brasil".


Conta que vive na penúria, mora de favor, 20 automóveis ficaram na poeira do desperdício e hoje não tem, como milhões de cidadãos comuns, nem mesmo plano de saúde. Evidentemente um enredo dramático, comum no futebol, uma espécie de Síndrome de Garrincha. O que me chama a atenção, porém, é o gasto com mulheres. As crias das nossas costelas sempre são demonizadas nessa hora. As mulheres, as mulheres, as mulheres. Sejam elas amadoras, profissionais ou marias-chuteiras.

Caro Muller, com todo respeito ao seu momento, se tem um dinheiro bem gasto na vida é com as damas. E, graças a Deus, somos bestas nessa hora. É uma dádiva. Às moças, mimos e champanhe. Seja você um barnabé da Cobal ou um herdeiro de Onasis, o importante é passar sempre um clima de "O Grande Gatsby" diante delas.


Todo gasto com mulher é lucro para o espírito. É fazer girar o capital erótico, como diria o poeta e psicanalista Hélio Pellegrino. Daí lembramos do craque George Best, um dos maiores da Inglaterra: "Gastei muita grana com mulheres, bebida e carros. O resto eu desperdicei".


Não tenhas esse arrependimento, caro Muller. Quanto aos outros capítulos do seu infortúnio, como os falsos amigos, aí são outros 500. Eles existem e estão sempre afiando a faca na pedra de amolar ingratidões. Boa sorte, amigo, e que o destino seja mais generoso daqui por diante.