segunda-feira, agosto 15, 2011

Lá não é como cá

Sempre que a Polícia Federal deflagra alguma operação que atinja os caciques da classe política - Lula esboçou um movimento parecido após as prisões de Daniel Dantas e Celso Pitta durante operação da PF em 2008 - o presidente da República rapidamente vêm a público declarar que irá "coibir os excessos da Policia Federal". Há um conflito de interesses aí? A frase foi mal formulada acredito, não seria coibir o excesso de roubos com a ajuda da Polícia Federal? Como cidadão - não como eleitor - clamo para que a faxina continue presidenta..

Porém não é de bom grado lançar muito confete no ar(...) Volta e meia a Policia Federal pode ser usada como um instrumento político, se tornar uma patrulha da oposição tão somente ou praticar o chamado fogo amigo.

Há quem acredite que os "excessos" da PF foram um recado da categoria pela carência de recursos que têm recebido. Mas a trajetória da instituição mostra uma isenção respeitável e transparente. Mas isso é uma outra história.

Por aqui o que o povo mais espera senhora cria do Lula é ver essa turma algemada na tv e apodrecendo na cadeia. Na América não existe isso, de Paris Hilton a Bernie Madoff todo mundo vai em cana com direito a foto com o tradicional uniforme laranja (exploram esse tema muito mais do que aqui, acreditem. Uma verdadeira e pomposa indústria).

Além das pendências judiciais, quem tem problemas com a justiça na terra do Tio Sam também precisa explicar para os filhos o motivo de tanta gozação na escola. Por aqui a bandidagem esconde o rosto, reclama por ter sido exibida com algemas e pedem o cumprimento da lei porque apostam na morosidade e nos infindáveis "recursos" da justiça.

Esses dias um amigo comentou que presenciou um milagre - notem, ele usou o termo milagre mesmo - uma atendente de um posto de gasolina se negou a vender bebida alcoólica para uma garota por não ser maior de idade. Seria o começo? Eu acredito.