terça-feira, julho 26, 2011

I say no, no, no...

Na sexta-feira (22/7) ainda comentei com alguns amigos, que independente do que acontecesse com a Amy Winehouse daqui pra frente (os excessos cada vez mais comuns despertaram naturalmente essa possibilidade) eu já tinha assistido um show - o primeiro e agora único - da moça durante o Festival Summer Soul no último verão em Floripa. Por ironia do destino ou não, no dia seguinte acordo a notícia da morte de um dos maiores talentos da música britânica recente. 

Amy Winehouse foi a grande responsável pelo resgate do gênero soul na música contemporânea. Há tempos, desde a época da gravadora Motown não tínhamos uma cantora que representasse esse gênero de maneira unânime. Além de uma voz rara, Amy compunha muito bem, com letras tocantes, diretas, sem rodeios.

Mais do que a tatuagem no lugar certo, o cabelo fazendo um style meio retrô ou a maquiagem ultra carregada, A.Winehouse tinha uma enorme habilidade em cantar, escrever e interpretar em cima do palco, que é onde ela deixava toda sua timidez de lado - e somado a um coquetel de drogas potentes - se transformava numa das maiores cantoras que o mundo da música já testemunhou. Assim como Kurt Cobain, Jimi Hendrix, Janis Joplin e Jim Morrison, Amy Winehouse nos deixou muito cedo. E o número 27 vai aos poucos se transformando num poderoso limitador de carreiras meteóricas que são ceifadas precocemente.