terça-feira, novembro 08, 2011

Estudantes, Maconha e o futuro do país.

A ocupação dos estudantes da Universidade de São Paulo (USP) que terminou na madrugada de hoje(8/11) mostra a face de um Brasil que envergonha. O histórico dos movimentos estudantis sempre estiveram permeados de reivindicações legítimas como os protestos contra o regime militar e as liberdades individuais a partir de 1964, o movimento dos caras-pintadas que depôs o ex-presidente Collor entre outras manifestações com objetivos nobres. 

O que os "estudantes" de Filosofia, Letras e Ciências Sociais pleiteavam durante a ocupação do prédio da USP era a saída dos policiais militares do campus da faculdade para que a minoria da minoria possa usar drogas (leia-se fumar maconha) sem serem incomodados. Vale lembrar que um estudante de economia foi assassinado com um tiro na cabeça durante uma tentativa de assalto em maio desse ano há poucos metros do campus onde os "estudantes" exigem a não presença da polícia. O movimento teve início com a prisão de 3 estudantes que usavam maconha dentro de um carro no estacionamento da faculdade.

Junto com os usuários vem o pequeno traficante e os pequenos delitos. Talvez não seria o caso de levar os 3 estudantes que foram pegos fumando maconha presos. Deveriam sim ser levados para averiguação que é o que consta em lei. Ponto. O aumento da violência e os constantes assaltos no campus exigem um número maior de abordagens. 

Notem que não há nenhuma solicitação para melhores condições de ensino ou motivações similares que historicamente sempre acompanharam as manifestações estudantis. Além de descumprirem uma ordem judicial, os "estudantes" depredaram um patrimônio público - quebraram câmeras de vigilância, danificaram computadores e móveis e picharam as paredes das salas de aula -  que é custeado com o seu dinheiro porque gostariam de fumar um baseado nas dependências da USP, um ambiente acadêmico reconhecido pela competência em formar profissionais das mais diversas áreas. 

Esses acadêmicos - teoricamente o futuro do país - se mobilizaram para garantir o uso de drogas no interior da faculdade com direito a faixas, palavras de ordem e ocupação ilegal. Me dá calafrios só de pensar na próxima reivindicação desses "estudantes".