Por ironia do destino ou não desembarquei na cidade maravilhosa 24 horas antes daquele que seria o dia mais elogiado do Rock In Rio 2011. Os críticos que exigiram rock de verdade no evento tiveram que se "contentar" com uma apresentação memorável de um dos artistas mais talentosos e carismáticos do soul/funk mundial Stevie Wonder que embalou mais de 100 mil pessoas cantando um hit atrás do outro. O ícone da música negra interpretou clássicos da MPB como "Garota de Ipanema", "Você Abusou" e músicas consagradas de sua autoria como "Isn't She Lovely", "I Just Called You Say I Love You" e "Superstition", essa na companhia da estonteante Janelle Monáe que tinha feito uma apresentação igualmente empolgante e saiu do palco para dar lugar a banda britânica Jamiroquai, que assim como as demais bandas da noite fizeram o público pular com seus sucessos como "Virtual Insanity", "Main Vein", Cosmic Girl, entre outros.
Sobre a escolha das bandas não engrosso o coro de quem achou que faltou rock no ...In Rio. O critério usado para selecionar os artistas foi amplamente democrático e bebeu de inúmeras fontes. Não se pode ficar atrelado a "bandas conceito" que meia dúzia de ouvintes conhecem quando se quer atingir a massa e tornar um evento desse porte viável financeiramente. É preciso atingir o povão. E haja vista o recorde de público dia após dia não há como negar, o Rock In Rio 2011 foi um sucesso.
A tenda de música eletrônica localizada na entrada da Cidade do Rock também teve seu ponto alto após o término do último show de quinta (S.Wonder) quando o trio "Masters at Work" remixou "Superstition" e terminou de cozinhar os neurônios da galera presente.
Destaque para a organização do Rock In Rio em todos os sentidos: Locomoção, acesso, banheiros, bebidas, comida, informações, acústica, policiamento. Não é à tôa que exportamos esse evento para outros países (Madri e Lisboa).